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sábado, 5 de maio de 2012

Juazeiro do Norte-CE: Legista do IML não libera cadáver que seria transportado em ambulância para Salitre

Demontier Tenório

O médico legista, Francisco Erivan Alves, se negou a liberar um corpo. Ele considerou uma atitude ilegal observando que as ambulâncias são para transportar pacientes com vida e não defuntos (Foto: Ag. Miséria/Chinês)
Um impasse no final da tarde desta sexta-feira no IML (Instituto Médico Legal) de Juazeiro do Norte. O médico legista, Francisco Erivan Alves, se negou a liberar um corpo que seria levado de volta para o município de Salitre em uma ambulância da Secretaria de Saúde daquele município. Ele considerou uma atitude ilegal observando que as ambulâncias são para transportar pacientes com vida e não defuntos como seria o caso de ontem.

O médico disse ter sido a primeira vez em um plantão seu que parentes foram apanhar um cadáver se utilizando de ambulância. Segundo ele, é para casos assim que existem as secretarias de ações sociais com o objetivo de atender demandas de famílias carentes. No caso de Salitre o corpo era do agricultor João Antonio de Souza, de 41 anos, que residia no Sítio Rodrigues na zona rural daquele município. Ele foi encontrado por populares e com lesões à bala na tarde desta quinta-feira.

O agricultor tinha sido visto com vida pela última vez na noite de quarta-feira ingerindo bebidas alcoólicas em um bar da localidade na companhia de um aposentado de 74 anos que deixou o estabelecimento primeiro. Só depois é que Antonio saiu do bar, mas não chegou em casa. Seu companheiro de farra está foragido e é o principal suspeito. A polícia soube que o acusado nutria interesse por uma mulher que era cunhada da vítima.

Além disso, tinha ciúmes do agricultor e até havia pedido ao mesmo para não andar na casa dela. Quem esteve, ontem, no IML de Juazeiro tentando resolver o impasse foi o vereador de Salitre, Carlos Antonio, mais conhecido por Carlinhos, amigo e compadre da vítima. Ele disse que a família era pobre e o município não dispunha de um carro funerário, mas as argumentações não convenceram. O jeito foi pedir o envio de outro veículo para que o médico legista pudesse liberar o corpo.

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